20.12.06

(*Foto: Serra de Três Pontas)
.
ansiosa pra ver a serra
verdejante
de 3 pontas,
meus 3 irmãos,
minhas 3 melhores amigas
e pelos menos... 3 amores das antigas [:P]
.
mesmo q eu saiba que minha vida
já está dividida
entre este mundo dos sonhos
e o mundo real da estação
não dá pra voltar,
mas preciso fugir
.
mesmo que eu saiba
que pra chegar a este destino,
passarei por estradas de histórias
mares de morros
que me lembram outros verdes mares...
que me lembra outro dezembro...
(Nath Moreira - Viçosa, 18/12/2006)

23.10.06


O mínimo*

"Q a vida não seja pela metade
q nenhum amor seja mal resolvido
q até o sofrimento seja intenso
para q todos os males se dissolvam no ar
sejam digeridos pelo mundo...
pra td se transformar em um sorriso azul
flutuar como borboletas
pra gente sentir que é feliz,
que há vida ao pôr-do-sol
e nada ficar só na imaginação"

(* Nath Moreira - Viçosa, MG 24/10/2006)

11.10.06

Da volta ao interior

hoje pego a mochila,
junto as poucas coisas
e vou pra casa

vou pra ver o trem
o trem que não existe mais
que pra mim é imaginário


mas essencial
- o trem das lembraças


(* Nath Moreira Viçosa-3Pontas 21/07/2006)

28.8.06



Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada...
Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
(Clarice Lispector)

27.8.06

Balalaikas

Agosto 2006 ----- Agosto 2007


"O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo." (Leonardo da Vinci)

Parece que foi ontem que cheguei nesta Viciosa. Numa tarde de sábado, uma sábado diferente, meio nublado, meio nao sei o que. 16/03/2003. Muitas malas, muitas dúvidas e uma certeza: eu não iria gostar pouco de tudo aquilo. Com um táxi fui parar na pensão do fim do mundo. Êta casinha longe akela. Rua Clóvis Clodovil de Castro n60, bairro de Lourdes... praticamente onde Judas perdeu as meias.

Demorou pra aprender o andar da carruagem, mas caloura burra tenho certeza que não fui. Era só diferente, desconfiada e na minha. Analisando o território, como até hoje sou. Quanta coisa aconteceu e qta coisa mudou. *** Tudo melhorou quando as balalaikas se juntaram.

Muitos forrós, muito Leão, mtas amizades (mta Balalaika), mts paqueras e nao posso deixar de dizer: um alguém especial que ficou no coração.
Muita atitude e muitos acontecimentos sem noção para se lembrar. E neste contexo, sempre aquela força dos amigos distantes que a cada dia se tornam mais próximos. De uma república pra outra só aprendizados: as pessoas não mudam, com o tempo elas somente mostram quem verdadeiramente são. Não dá pra esconder por muito tempo. As máscaras caem. Assim como quem é muito legal de verdade se mostra tb. Gente boa atrai gente boa!

Eletrobar, Festa do Banquinho, Carnaval, caronas, Sítio Lambari, Batcaverna, Bartucada, Bruno e Marrone (e o estacionamento), César Menotti (e as maratonas), Cervejadas, Churras de penetra, Aniversários sempre de "surpresa" com os presentinhos mais esóticos. Apelidos nem se fala... se os nossos já eram pesados, imaginem o dos nossos paquerinhas... afff..

Pescadora, Babinha, Mônica, Miss Internacional, Jéssica, Comila, Cidinha, Baronesa, Cathália, Diretora de Assuntos Interancionais, de Assuntos Comunitários, Assuntos Astrológicos, Secretária da Nasa, Pingo, ex Cristal, Primeira Dama... Afff... Cabeça de Mesa, Poeirinha, Batman, Sujinho, Anjo, Monstrinho, Mamazudo, Maleta, Grandão, Tufo, Junior, Beira Mar, Eva, Soneca, Papa-Anjo, Polegarzão, John the Armless, Cara de Pinico...

Definitivamente a nossa turminha não é de nenhuma tribo. Somos onipresentes. Estamos em todos os tipos de festas, Quintaneja, Forró, Festas BGs, Leão, Shows, Festas de Formandos, Festas de Cursos, Festas de Calouros, Programas Cults... etc.

Tantas personalidades diferentes que se encaixaram perfeitamente. Ironia do acaso, não é? O simples fato de nos esbarrarmos aki em 2003 não foi à toa. Tínhamos coisas a compartilhar e aprender e uma vida pra construir.
Filosofias de mesa de bar, divagações sobre relacionamentos, choros por amores não correspondidos, conselhos amorosos, conversas que merecem censura aqui neste blog hehehe; bobeiras cada uma maior que a outra, mas que nos fizeram muito bem. Nos ensinaram muita coisa além das grades da universidade.

Agora apesar de um pouco precipitada começa uma contagem regressiva. Mas nada de tristeza não!!! vamos viver o tempo que nos resta da melhor maneira possível... sabemos que ele voa...

Muita coisa ainda vai acontecer. Mas de uma coisa temos certeza. Os traços invisíveis da amizade vão sempre ficar guardados. Pode ser que não nos encontremos mais... Que com o tempo nosso contato seja cada vez mais escasso... Mas sempre estaremos juntas.

Nossa história já está gravada em nossas mentes.
Sentiremos borboletas na barriga ao rever fotos antigas... ao receber um email, um telefonema, uma mensagem de uma de nós...

E quando nos consolarmos... (a gente sempre se consola...)
Nos sentiremos alegres por termos nos conhecido.... teremos vontade de rir juntas, abriremos às vezes as páginas de nossas vidas, à toa, por gosto ou necessidade de relembrar

sentiremos uma nostalgia boa...


... uma alegria
silenciosa
.
.

.
E NUMA DIMENSÃO QUALQUER... haveremos de nos encontrar!!!

Com a certeza de que nada foi em vão...
de que não apenas vivemos em Viçosa.. e sim Vivemos Viçosa!


(* Nath Moreira - Viçosa, 27/08/2006)

14.6.06

Para Nath (sempre improviso) *
25/04/2006 09:31
(* by João Rafael Di Adrianu - Amigo virtual de quem ganhei esta poesia - EU A-DO-REI!!!)
Poetisa do meu improviso
de olhos aguçados
lisonjeado aqui estou.

Sorriso fotográfico
olhos serenos
transporta os versos
um tráfico!

Quão brilhante os seus cabelos
que no vento faço imagem
tu que ainda és miragem
em belos traços a não vê-los.

Vejo curvas sinuosas
dos ombros aos quadris
tem destaque entre as rosas
e no canto dos bem-te-vis.

Sou um poeta errante
foi ao longe com os versos
que a ti seja vibrante
pois aqui eu me despeço.

5.5.06




Noite de insônia *

Teus beijos, teus braços, teu ombro, teu peito,
Tantos abraços, carinhos, suspiros...
(não consigo dormir)

Amassa o meu pensamento, amarrota minhas idéias...
Tira o meu sono, me inquieta, me entorpece
(e ainda não consigo dormir)

Assim não vale
Parei de brincar, preciso descansar

Se fecho os olhos não durmo -
Mudo de lugar, ligo o som (Mas você não deixa)
Pois você não tá aqui do meu lado
Sua voz não tá me ninando
Sua ausência tá me matando...

( Eu também - Viçosa, 05/05/2006)

Profissão Perigo *

Não vou explicar nada
Quero teu beijo
Tua atenção mesmo calada

Não sei de nada
é só stress

to entendiada, revoltada
É o Sentimento-sem-nome que me consome

O que acontece? O que parece?
Meu mundo treme... (pode ser tpm...)

Poeta, não é profeta..
Não tem como prever o que vai haver
Nem definir o que eu quero ser
Poeta pode tudo... menos ficar mudo
Escrever quando não tem assunto
Pra abalar a atenção de tudo
Ou só pra chamar você
pra ficar comigo...
(Cuidado: profissão perigo...)


( * Eu mesma - Viçosa, 05/05/2006)


Esta poesia foi um desafio... Um pedido do amigo Diogo Moreira; para fazer uma poesia sobre a banalização da palavra amor. Sendo esta usada como pretexto pra tudo hoje em dia... Não significa exatamente o que sinto agora... É um comentário generalizado sobre o que acontece no contexto atual... Mas tb nao preciso ficar aqui explicando isto, cada um interpreta à sua maneira neh...
"Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lheo que Deus quis dizer com este mundo..." (Mário Quintana) Aí vai:

Superficial *

Pra falar de amor tem que ter certeza
Se você conseguir será uma proeza

A gente acostumou... num mundo superficial
Tanto faz, tudo igual
Até amar ficou banal
Super-superficial...

Eu só quero sair daqui
Buscar uma ideologia, longe desta hipocrisia
Um lugar surreal, onde eu encontre alguém especial
Amar sem banalidade...
Pra ser feliz de verdade.

A excessão virou regra
Pra quem se diz civilizado
E mesmo um coração de pedra,
Fica paralizado!

Quando você puder, quando você quiser
Eu estarei aqui...
Isto não é um “fora”...Tudo tem a sua hora...
Não caio mais nessa não... Amar não é da boca pra fora!!!
Não é fácil pra mim... foi a vida que me ensinou assim

Só diga se tiver certeza...
aí você saberá, você verá toda a pureza
você verá toda a beleza.. aí sim
de todo o amor...
e do amor que você tem em mim


(* Nath Moreira - Viçosa, 04/05/2005)

26.4.06






Temporal *
Depois de um tempo normal
Fervem borbulhas no coração
Uma situação paradoxal
Incita a imaginação

Tudo parecia tão simples, tão facil
Mas agora sei que já não sou o mesmo
Em uma situação infernal
Tudo depende do contexto

Não se deve julgar,
E se vc não tem forças, não deve lutar
Contra seus sentimentos

As pessoas costumam ser calmas, ternas
Porém depois de um tempo normal
Sempre vem um temporal

e não há como negar

tudo sai do seu lugar...

( * Nath Moreyra - Viçosa, 25/04/2006)

25.4.06


Amigo de Improviso *
Como um pequeno príncipe
Vejo audácia, vejo coragem
De um menino dentro do homem
Um amante do desconhecido
Adorador da liberdade...

Um nome de santo
Um nome de anjo
Uma existência onde não existe pranto.

Sonhos, idéias, inovações...
Por trás deste olhar,
Onde você quer chegar?

Igual e diferente em sua unicidade
Vendaval de emoção
Às vezes incompreendido,
porém nunca destemido.

Seu destino é viajar, viver...
Apreciar, admirar,
Deixar no mundo um pouco do seu ser.


(* Nathy Moreira - Viçosa, 24/04/2006)

13.4.06


"... Quando começo a escrever, olho para a página branca de susto" (Mario Quintana)

Fome de Poesia *

Que dúvida,
Que dilema,
Preciso de uma idéia,
Preciso de um poema.

Onde está o poema? Sei que está aqui dentro,
Em algum lugar...
Mas Mário (Quintana),
Olho para a página e ela não está branca de susto...
Vejo mil palavras que não se encaixam.

Eu é que estou... pálida,
Branca de fome, de fome de poesia.
Fraca e atônita.
Preciso de um poema, o mais simples que seja...

Preciso escrever uma poesia,
que me traga tristeza ou alegria
Que me faça desabafar...
falar o que eu quero e não quer calar;
Que organize este vendaval de emoção
que possa abalar a multidão!

(* Naty Moreira - Viçosa, 13/04/2006)

14.3.06


Eu Nathalia Eu*

N unca deseje o mal,
A mar pode ser difícil, mas
T ente.
H oje já é amanhã, por isso,
A proveite!
L iberte-se das lembranças, porém não
I gnore o passado e
A prenda com seus erros!


(* Naty Moreira - Três Pontas, 1998)

2.2.06


Sei lá... *
só sei que é preciso correr
sei que é preciso errar
que é preciso tentar
e é preciso começar
é preciso lutar
preciso viver
ser...

Por que tudo um dia vai
p
a
s
s
a
r

(Nath Moreyra - Viçosa, 02/02/2006)

16.1.06


(Re)Volta às aulas *
Faço as malas. Levo roupas limpas e passadas. Ela vai repleta de tralhas, mantimentos... - um kit sobrevivência. Vai estufada, ao contrário do modo com que veio - leve e com poucas roupas para a temporada. Éh, não é fácil não; tenho que voltar à labuta. Voltar de férias sempre tem um lado bom e outro nem tanto. Largar a vida mansa de piscina, passeios, descansos, trocando a noite pelo dia; dormindo mais do que o necessário e ter que voltar para o escritório, com aquele chefe vigilante, para a sala de aula com aquele assunto que não é tão interessante. Porém como dizem: Ano Novo - Vida Nova! E instantaneamente há o sentimento de que o velho rejuvenesce, pode tomar cara nova, e tudo pode ser diferente. Outras chances, novos projetos, idéias, oportunidades no lado profissional e no cunho pessoal... Mais energia, atitude para se declarar e dizer o que pensa. O ano já virou, mas o carnaval ainda está distante e talvez por isto a sensação iminente de preguiça. Ritmo lento de férias, ainda não peguei no tranco. Afinal, acho que é verdade o que dizem por aí: que o ano só começa mesmo depois do carnaval! Será? Só sei que é difícil voltar ao normal, à rotina. Agora, enquanto vou (re)voltando, desfaço as malas, vou me adaptando (novamente) àquela vida louca e que eu a-d-o-r-o. É, o bicho vai pegar, o ano começou... Mesmo antes do carnaval chegar...

(*Nath Moreyra - 3 Pontas, 07/01/2006)